O papel da Sociedade Civil

O papel da Sociedade Civil é um eixo crucial dentro do Movimento Interinstitucional ESG na Prática, demonstrando como as organizações não-governamentais, associações de classe e outros atores da sociedade civil são essenciais para a implementação e o avanço da agenda ESG no Brasil, em sinergia com o Instituto Global ESG e os setores público e privado.

A Sociedade Civil como Mola Propulsora do Desenvolvimento Sustentável

O Movimento Interinstitucional ESG na Prática tem como objetivo primordial promover a integração de ações sustentáveis entre a iniciativa privada, a sociedade civil e o poder público, fomentando uma cultura de sustentabilidade efetiva e mensurável. A atuação do Grupo Arnone, que apoia e lidera o Instituto Global ESG e o Movimento Interinstitucional ESG na Prática, possui um eixo estratégico “Institucional” que remete a um olhar especial para o terceiro setor e os negócios sociais, compreendendo-os como a “mola propulsora de desenvolvimento econômico sustentável”. O Movimento busca que o ESG seja tratado não como uma pauta subjetiva ou ideológica, mas sim através da implementação prática, do impacto e da transformação.

Parcerias Estratégicas e Engajamento Multissetorial

O Movimento Interinstitucional ESG na Prática e o Instituto Global ESG mantêm uma atuação contínua e estratégica com diversas organizações da sociedade civil, visando à integração dos princípios ESG em suas operações e estratégias:

  • ABRACAM (Associação Brasileira de Câmaras Municipais): Oficializou sua adesão ao Programa ESG20+ e ao protocolo de engajamento dos 20 princípios norteadores, consolidando a mobilização das Câmaras Municipais e seus vereadores em torno de práticas responsáveis e regenerativas. Esta adesão reforça o compromisso do Brasil com a responsabilidade socioambiental e com o fortalecimento institucional de base, conectando as melhores práticas globais à realidade de cada município.
  • Confederação Nacional da Agricultura Familiar (CONAF): Colabora com o Instituto Global ESG para valorizar o pequeno e médio produtor rural como pilar estratégico do desenvolvimento econômico sustentável e busca a criação de créditos de carbono provenientes da agricultura familiar. O Instituto Global ESG assumiu a secretaria temática de sustentabilidade da CONAF.
  • Ecoari: Desenvolve um aplicativo de sustentabilidade para destinação correta de resíduos, estabelecendo parcerias com a indústria, empresas e o governo, com foco na valorização de catadores e cooperativas. O Relatório Setorial ESG da Abralatas, com observação externa do Instituto Global ESG, destaca os catadores como o “coração da economia circular” no Brasil, gerando renda para mais de 800 mil famílias.
  • R2 Produções: Referência nacional na criação de experiências culturais, firmou adesão ao Programa ESG20+. Projetos como o “Fome de Música”, que arrecadou milhões de refeições para famílias vulneráveis, buscam consolidar políticas integradas de sustentabilidade e inclusão, conectando cultura e responsabilidade socioambiental.
  • Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC): Recebeu o Movimento ESG na Prática para valorizar a governança como eixo estruturante da sustentabilidade e fortalecer parcerias no contexto do Programa ESG20+.
  • Associação Brasileira de Relações Institucionais e Governamentais (ABRIG): É uma das entidades líderes do Conselho Permanente de Simplificação e Integração Normativa (Princípio 1 do Programa ESG20+) e co-promotora da Consulta Pública ESG20+. O presidente da ABRIG, Jean Castro, destaca que a consulta pública reúne “contribuições claras e dinâmicas” da sociedade civil para o Marco Regulatório do ESG para o Desenvolvimento Sustentável (MRESG), ajudando a tornar a agenda mais acessível e aplicável.
  • Ordem dos Advogados do Brasil (OAB): O Conselho Federal da OAB é representado por Sóstenes Marchezine na Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (CNODS), reforçando a conexão entre o setor jurídico e as diretrizes de sustentabilidade promovidas pelo movimento. A OAB Nacional também é uma das entidades que apoia o Congresso Nacional de ESG.
  • Associação Brasileira de ESG: Organiza o Congresso Nacional de ESG, uma plataforma para discutir sustentabilidade e fortalecer a colaboração entre empresas, governos e sociedade civil.
  • Institutos S Company, Idehm, S Tech: São parceiros sociais e corporativos da Revista Global ESG. O Instituto S Company, em colaboração com o Instituto Global ESG, contribuiu para a consulta pública da CVM sobre sustentabilidade e ESG, destacando a necessidade de equilíbrio entre padrões internacionais e ferramentas locais como o Balanço Socioambiental (BSA) e a NBC T 15.

Transparência, Monitoramento e Combate ao Greenwashing

A sociedade civil, juntamente com o Instituto Global ESG, desempenha um papel ativo no combate ao greenwashing (maquiagem verde). A falta de padronização nos indicadores ESG dificulta a comparação e a avaliação, e a criação de métricas unificadas, como as incentivadas pela Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 15 (NBC T15) e o Balanço Socioambiental (BSA), é essencial para garantir transparência e prestação de contas.

Educação, Conscientização e Participação

O Movimento ESG na Prática busca disseminar a cultura de boas práticas e enfatiza a importância da conscientização e do engajamento da sociedade na pauta da sustentabilidade. A Consulta Pública ESG20+ é um exemplo de como a sociedade civil é convidada a contribuir ativamente para a construção do Marco Regulatório do ESG para o Desenvolvimento Sustentável (MRESG), participando de forma democrática e transparente.

Visão de Futuro: Uma Engrenagem Multissetorial

O setor da sociedade civil é parte essencial de uma “engrenagem multissetorial para o ESG20+”. Acreditamos que o ESG não é apenas um conjunto de diretrizes, mas um motor de transformação que impulsiona negócios, políticas públicas e comunidades. Com uma estrutura normativa mais clara e convergente, é possível acelerar esse processo e gerar impactos positivos reais para a sociedade e o meio ambiente. O Brasil tem uma oportunidade única de liderar a transformação sustentável, e isso exige cooperação e compromisso de todas as partes, com a sociedade civil assumindo um papel de protagonista na construção de um futuro mais sustentável, justo e inclusivo.